Da subversão de um sinistro maior
da série Existências Extraviadas.


Existências Extraviadas
Um corpo naufragado é como uma morte suspensa no tempo, na existência e no esquecimento. Um corpo perdido que perdura só na absoluta e profunda atmosfera que o envolve. Submerso em silêncio e escuridão, permanece depositado numa eternidade imóvel e impotente. O seu acidente compõe não o fim, mas antes o inicio de uma vida pendente, desvinculada do seu acontecimento pela distancia que a afunda até á sua coordenada final. Uma alienação involuntária da realidade. Uma separação da superfície. Um embargo profundo. Uma existência privada de resolução, unicamente infinita.


Serigrafia sobre vidro e barco de plástico. 2013


1ª Avenida, Axa, Porto, 2013

Fotos por Lina Bitkeviciute e Bruna Amaral.